Perguntado, certa vez,
sobre como vejo a arquitetura, eu não tive outra definição em mente senão a de
“business plan”.
Para mim, Arquitetura,
antes de possuir uma forma, uma função ou mesmo poder ser chamada de bela, ela
necessariamente enfrenta os desafios de um negócio.
Entendo que por trás de
um negócio sempre há um sonho, seja ele estético, um desejo pessoal, um evento
cultural, uma forma de investimento ou simplesmente uma forma de gerar lucro.
Seja como for, é uma relação complexa entre o que melhor se pode obter com os
recursos disponíveis e intencionados a investir.
Entendo que este
pensamento aplique-se “para tudo”.
Entendo que o domínio
destes agentes e o que se segue a partir deles possa se chamar de arquitetura.
Projeto sem viabilidade
econômica, para mim, não é arquitetura. É apenas um projeto ou, na pior das
hipóteses, um desastre econômico.
Entendo que antes de se
falar de forma ou estilo arquitetônico, deva-se compreender os verdadeiros
motivos por trás das intenções, as diversas formas de uso e os diferentes tipos
de públicos ao qual se destina o resultado.
Estas, para mim, são
questões primordiais para um bom entendimento do fio condutor do processo
criativo e projetual.
É neste momento que
buscamos compreender como as pessoas devam ser percebidas e recebidas, como
devam se sentir em relação ao contexto. Como o contexto deve orientar e
interferir no modo das pessoas agir, se portar e se sentir.
O
espaço (ou contexto) define o nosso comportamento. Define até o nosso jeito de
vestir e falar.
A partir do momento em
que estes agentes de projeto são compreendidos e dominados pode-se dizer que
existe um contexto sólido para formação de um conceito arquitetônico e uma base
de certeza capaz de responder a todos os questionamentos futuros relacionados a
forma (“estilo”), a estética, a função, a técnica construtiva, a definição de
acabamentos, sobre o que comprar e sobre as soluções de execução.
Para mim, quando estes
questionamentos estão respondidos torna-se possível enxergar o projeto. É como
se apertasse o botão de play e tudo passasse a ganhar forma.
A Arquitetura possui
muita força para nos atermos somente no caráter estético e formal.
Por isso, quando pensar
em um arquiteto, saiba o quanto este profissional pode lhe oferecer quando
contratado, entenda-o como um belo investimento realizado.
Somos parceiros na busca
de um resultado de sucesso!
Maurício Aurvalle, arquiteto.
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