Eu
torço é para a polícia.
Vivemos
um momento de extrema importância nacional onde o país tem a possibilidade de
realizar profundas mudanças e importantes correções de rotas. Correções a
definir para qual o caminho pretendemos andar como nação.
Porém,
como toda a longa caminhada, existem diversas maneiras de encara-la. Há os que
traçam um objetivo, há também os que procuram descobri-lo ao longo da jornada. Também
temos aqueles que não estão preocupados com o ponto de chegada, mas sim em
manter um movimento constante para não mais voltar àquela inércia
comportamental de dias passados.
Mas,
como em tudo na vida, existem os que se incorporam ao contexto para articular e
agir em benefício aos seus interesses, independente de certo ou errado ou se “os
fins justificam os meios”....ditado este que apenas serve para tentar explicar
o errado.
À
noite, seja pelo rádio, televisão ou internet, ficamos ligados nos
acontecimentos e rumos que as manifestações tomam país a fora e principalmente
em nossas cidades, bairros e quadras.
Acompanhamos
uma caminhada dirigida por uma democracia sem liderança e com diversos
objetivos que em algum ponto mais a frente, convergem em uns poucos desejos. O
desejo da dignidade humana o da decência política e o fim da impunidade.
Se o
interesse de fazer o bem, fosse o único motor desta caminhada, não
precisaríamos de segurança, mas apenas de ajuda para que o trânsito nos abrisse
passagem em paz e com apoio por meio de buzinas, luzes e aplausos.
Não
precisaríamos de bombas, máscaras, pedaços de pau, balas de borracha,
estilingues, de bolinhas de gude, de marreta e pontalete para quebrar o
calçamento e produzir pedras.
Precisaríamos
de um bom calçado, água, garganta, alegria, seriedade política, respeito e
educação.
Quando
vejo pessoas, ou melhor, vândalos e marginais armados de paus, pedras e bombas,
destruindo nosso patrimônio, o comércio, carros e tudo que esteja no caminho, o
meu time é o da polícia.
É neste
momento que “Eu torço é para a POLÍCIA”.
Torço
para que a polícia “sente a borracha”, prenda, fiche e dê os devidos
encaminhamentos legais. Exatamente nesta ordem, ou pelo menos que se mantenha na
ordem as três primeiras sugestões.
Passamos
os 365 dias do ano reclamando da falta de policiamento e da insegurança que
sentimos no nosso dia-a-dia. Reclamamos da impunidade e que não vemos a polícia
agir.
Porém,
no primeiro sinal de pulso de nossos servidores da segurança pública, brotam
aos montões jornalistas, “ativistas”, “defensores dos direitos humanos” e
simpatizantes destas causas esquisitas a bradar, criticar e culpar a polícia
por um desfecho de combate e repressão.
Neste
momento eu pergunto; “de que lado vocês estão?!”
Alguns
me respondem; “estão batendo e atirando em todo mundo”.
Não tiro
a verdade, de fato, vimos, em muitas ocasiões, a polícia agir a 8 ou a 80. Ora
bate em quem está na frente e ora deixa depredarem, saquearem e vandalizarem
sem fazer nada...como mero expectadores.
Penso
eu; “mas após umas 7 manifestações onde todas buscaram se direcionar para um
mesmo local, geralmente um prédio da prefeitura ou do governo do estado, e em
todas terminarem da mesma forma, com confronto, será que as manifestações não
estão com seus direcionamentos errados?
Ou será
que o objetivo final não é o conflito em sí?
“Tem
que quebrar para que sejamos ouvidos!”, dizem muitos.
Eu
discordo!! Quebrar o que é dos outros é muito fácil. Sugiro a você,
manifestante radical e a favor da depredação, que leve o seu carro, estacione
na frente da prefeitura e ateie fogo ao que é seu. Ou melhor, que piche e jogue
pedras na sua própria casa ou que doe a quem passar todos os seus bens.
Talvez
só assim a sua brilhante capacidade de articular e processar ideias compreenda
que não é o certo a fazer. E no final, ao se olhar no espelho, perceberás o
quão estúpido foi.
Já me
chamaram de ingênuo, por não perceber que isto é o princípio de ditadura...que
estão utilizando dos vândalos para justificar a repressão e uma possível
proibição das manifestações públicas. Pura articulação política.
Até pode ser.
No “mundo”
árabe começou assim. Proibiram manifestações, controlaram a internet para
evitar divulgações mundo a fora e articulações internas...até um ponto onde os
civis, ou melhor, os militantes contrários se puseram à luta armada.
Não é o
nosso caso...ainda.
Mas o
que pode se perceber é que a polícia, em pleno ano de 2013, ainda não sabe como
lidar nestas situações. Faltam vozes de comando, vozes firmes e vozes de apoio
ao que deve ser feito...e não ao que soa mais...”bonito”.
Ver o
nosso centro e alguns bairros da cidade serem saqueados como se estivéssemos em
uma terra sem lei é inaceitável!!!!!
Precisamos
cobrar sim, da polícia (em geral), melhores ações sobre os diversos problemas
existentes.
Temos
que apoiar, criticar e ajudar a corrigir a ação policial, pois ela é o nosso
patrimônio e a nossa segurança.
Temos
que aplaudir quando algo é feito de bom. Temos que nos sentir seguros, orgulhosos
e felizes com ela por perto. Temos que dar “bom dia/ boa tarde” aos nossos policiais,
pois a natureza de estarem a nossa volta é justamente para nos proteger.
Lembre-se
do quanto ganha um policial e reflita se você trabalhasse em um emprego com
este salário você colocaria sua vida em risco por um desconhecido todos os
dias.
O que
não podemos é olhar a polícia como a nossa inimiga, nem fazer com que seja,
pois quando isto acontecer estaremos de fato vivendo uma ditadura.
Se o
ato de se manifestar pacificamente fosse motivo para repressão policial, teríamos
na parada gay ou mesmo em manifestações como a do câncer de mama verdadeiros
campos de batalha.
Por um
Brasil melhor.
Por uma
Porto Alegre melhor.
Maurício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário