Final de semana passado, tive o grande prazer de novamente retornar a cidade de Júlio de Castilho onde fui celebrar uma importante data para um também importante e estimado amigo. Um grande churrasco, daqueles de gaúcho mesmo, cerveja bem gelada numa fria noite de seus quase 2graus (tava frio mesmo), muitos amigos reunidos com o intuito único e exclusivo de conversar muito, comer, beber e escutar muito rock´n roll.
Mas a razão deste post não é de adentrar nesta parte da viagem, mas sim de visitar uma cidade que nos tira da nossa rotina e “habituês” de cidade “grande”. De sentir que, a cada quilômetro percorrido de estrada, o ar gradativamente vai se adequando com a paisagem do nosso querido pampa.
Lembranças vão tomando conta de nossa imaginação, muitas delas até que nunca tivemos, mas que se intrometeram entre as verdadeiras por meio das histórias e contos que escutamos ao longo de nossa trajetória....muitas até nem nossas. É um confundido e prazeroso sentimento gaúcho.
A essas alturas da viagem, o segundo chimarrão já havia sido preparado. O bacana é que qualquer posto de gasolina de estrada é possível obter água quente em um daqueles totens de torneirinha....engraçado que na cidade e capital Porto Alegre é bem mais difícil de se encher a térmica.
“Mas tchê!”, chegamos....e uma bela cidade de interior se abriu para nós. Quase como uma extensa rua principal e poucas quadras adjacentes conformam a malha urbana repleta de casas marcadas pela época. Algumas fortemente datadas pela arquitetura, outras pelo tempo e algumas tentando acrescentar modernidade ao local. Sem dúvida alguma, respiramos diferente em um local desse.
Meu destino não poderia ser melhor, uma casa tombada, cheia de história pra contar e tão cheia de charme. Uma completa mistura dos tempos clássicos de nosso campo gaúcho. Lareira com fogo farto, forte ecletismo, tradição familiar e muito aconchego. Não poderia estar mais perfeito. O dia estava, em linguajar bem nosso, com um “céu de brigadeiro”, sem nuvem alguma, nosso frio amenizado pelo sol e dando todas as indicações de que teríamos uma noite fria e com muitas estrelas. De fato foi o que se concretizou.
Meu amigo me chamou a atenção, certa hora da noite, “olha quanta estrela é possível ver no céu do campo”....e de fato nunca tinha visto tanto. Uma beleza escondida pela poluição e civilização excessiva. Sem frescura nesse fato, mas nosso pampa é espetacular.
Felicidade e obrigado por todo o companherismo recebido por lá e até mais, tchê!
Maurício.
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